É muito provável que você já tenha visto alguns dos atrativos turísticos ao pensar em uma viagem para o Chile, para a Argentina, para a Espanha, para a Itália: o vinho – e as suas degustações. No entanto, pode ser que você nem saiba como é a produção de vinho artesanal.
Então, na hora de fazer o tour pelo cultivo das uvas pode ser que você não entenda nada, né. Sendo assim, para sanar essa falta de conhecimento e não te deixar boiando nesse tour, a gente separou aqui alguns dos principais passos dessa produção.
Observe que a ideia não é a de que você seja o maior expert do mundo em vinhos, nada disso. Mas, queremos que você tenha o mínimo de conhecimento sobre como é feita a fabricação do vinho, em uma espécie de passo a passo.
Curiosamente, saiba que o processo também é chamado de vinificação. Outra curiosidade é que hoje em dia ele recebe pouca intervenção humana. Mas, há sim muitas vinícolas que ainda preferem a produção totalmente artesanal, participando de todas as etapas do processo.
O passo a passo
Apesar de o Brasil também ser um dos grandes produtores de vinhos, com muitas vinícolas por aqui, considere que na América do Sul e na Europa é que estão os maiores do mundo. Inclusive, saiba que dá para fazer um bom vinho com uvas ruins, mas não o contrário, viu.
A colheita das uvas
A colheita das uvas é o primeiro dos passos para a produção de vinho artesanal. Então, ela deve ser feita em diferentes épocas, o que vai depender da variedade da uva que está sendo colhida na região. Também é preciso respeitar o tempo de maturação e o clima.
Obviamente, isso é importante porque as uvas que são colhidas antes do tempo certo acabam fazendo os vinhos mais ácidos e menos alcóolicos. Já as que são colhidas mais tarde geram os vinhos de menor acidez e com maios concentração de álcool.
Ah, tem mais um detalhe: a colheita pode ser manual ou mecânica, mas o importante mesmo é fazer me horários em que as temperaturas são amis amenas para evitar a oxidação da fruta.
As uvas nas desengaçadeiras
O desengace é um processo feito em uma máquina que retira os engaços dos grãos, que dão amargor a bebida. Portanto, assim que chegam às vinícolas, as uvas passam por essa máquina, chamada de desengaçadeira. Nesse processo, as cascas também são rompidas.
Assim, o suco da uva passa sem sementes e sem casca. Então, esse primeiro suco é chamado de mosto-flor. Ele é reservado para depois se tornar um vinho mais nobre. Ele é rico em açúcares.
O processo da prensagem
Seguindo os passos, agora temos a prensagem, que é feita somente quando se quer ter os vinhos brancos. Isso porque os vinhos tintos e rosés são fermentados com as cascas – justamente para ganhar a coloração.
Bom, o suco que vem das primeiras prensagens é mais nobre. Então, os das últimas prensagens são usados para a produção de aguardentes, chamadas de Grappas.
A fermentação natural do vinho
Esse é um dos pontos mais importantes da produção de vinho artesanal. Nesse caso, o processo é simples de ser explicado: as leveduras se alimentam do álcool natural presente no suco das uvas colhidas e os transformam em álcool e dióxido de carbono.
É nessa fase que o especialista (chamado de enólogo), vai escolher o tipo de fermentação que será feito – podendo ser em tanques de aço inox ou em barris de carvalho.
A diferença é que os de aço são mais usados e preservam o frescor das uvas, dando sabor aos vinhos de frutas intensos. Já os barris, que são de madeira, fermentam o vinho e tornam o sabor mais aveludado, sendo mais claros e menos frutados.
O transporte do vinho
Aqui estamos falando do transporte do vinho, mas no processo interno. Então, quando a fermentação termina, resíduos e matérias orgânicas (bactérias e leveduras) ficam no fundo do tanque. Logo, dá para evitar a alterações no aroma ou no sabor.
Então, o liquido vai para um lugar limpo. E esse ato de transporte é chamado de trasfega.
A classificação da bebida
Quase no final da produção de vinho artesanal, a gente tem a classificação dos vinhos. Assim, ele é submetido a processos que removem todos os componentes que podem deixa-lo turvo demais. Passando por isso, a bebida vai para as próximas etapas.
Elas são: calor (impede que o vinho seja exposto a altas temperaturas), frio (bloqueia a proliferação de cristais) e microbiológica (evita que outras fermentações aconteçam no vinho engarrafado).
O engarrafamento do vinho
E para terminar, como não poderia ser diferente, temos o engarrafamento do vinho. De modo simples, eles são colocados em repouso na vinícola até que fiquem prontos para o comércio. Assim sendo, o repouso pode durar dias ou anos.
Esse processo é chamado de amadurecimento. Para exemplificar melhor, considere que os vinhos tintos são colocados nos barris de carvalho e podem ser acrescentados a sabores ou aromas, deixando-os mais macios, também.
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Após tudo isso é que o engarrafamento é feito. Nesse caso, estão prontos para a comercialização. O repouso ainda pode permanecer, mesmo na garrafa. Isso é para evitar a doença da garrafa, que é causa pela agitação da bebida.