Você pagaria a mais por uma Passagem Aérea para compensar o CO2?

A agência IDEIA Big Data fez uma pesquisa incrível, que mostrou um resultado nada esperado: a maioria das pessoas entrevistas afirma que pagariam a mais na tarifa de um voo se o valor for usado para compensar o CO2 lançado na atmosfera.

E você, na hora de comprar uma passagem aérea para qualquer lugar do país ou do mundo, aceitaria pagar a mais para compensar esse gás que causa problemas sérios na atmosfera?

Abaixo você entenda um pouco mais sobre a pesquisa que foi feita e cuidado para não assustar com os números intrigantes do efeito do CO2 que é gerado pelos voos aqui no Brasil e no mundo!

A pesquisa

Como dito, a pesquisa foi feita pela IDEIA Big Data, que trabalha junto com a rede de organizações nacionais chamada Aliança REDD+.

A ideia do grupo é atrair investimentos que combatam o desmatamento ilegal em todo país e, ao mesmo tempo em que isso acontece, gerar recursos para o governo e para toda a população no que diz respeito à questão ambiental.

Aí vem a pesquisa: nos primeiros 10 dias de abril deste ano, 800 pessoas foram entrevistadas, sendo que todas tinham destinos internacionais como foco.

A maioria afirmou que pagaria um pouco a mais em cada passagem aérea se o valor a mais fosse usado para compensar o lançamento do gás carbônico (CO2) na atmosfera, que é usado por cada viagem aérea feita.

Outros dados

A pesquisa ainda indicou outros dados, veja:

  • 89% não citaram companhias que se preocupam com a redução do CO2,
  • 52% não sabe se as companhias prejudicam o meio ambiente,
  • 75% falam que viajar com companhias responsáveis é importante,
  • 68% estão dispostos a pagar até R$ 8 a mais para ajudar o meio ambiente,
  • 18% não pagariam por isso.

Lembrando que o estudo foi feito com amparo de instituições como a BVRio, a Fundação Amazonas, o Instituto Centro de Vida, entre outros.

Por que a emissão de CO2 é preocupante?

No fim do último ano, a Anac avaliou que é preciso monitorar o volume anual de emissões de dióxido de carbono, chamado de gás carbônico ou CO2, na atmosfera feita pelo transporte aéreo.

“O país começa a se preparar para o caminho da adoção de mecanismos que reduzem isso, com a finalidade de garantir a neutralização das emissões a partir de 2020”.

E sabe o que é mais preocupante? O que o gerente de mudanças climáticas do Idesam, Pedro Soares, avalia como urgência:

“Se a aviação civil internacional fosse um país, já estaria entre os 10 maiores emissores do planeta. É urgente atacar essa questão e de forma imediata”.

Os voos

Nos três primeiros meses do ano, os voos domésticos cresceram 4,3% comparado ao mesmo período de 2018.

O aumento da demanda é reflexo do crescimento da população e também pelo fato de os preços das passagens aéreas estarem mais acessíveis.

Para o Grupo de Ação de Transporte Aéreo, a indústria de aviação produz 2% de todas as emissões de CO2.