Atualmente, a gente tem falado muito sobre nômades digitais. Logo, são pessoas que adoram viajar e conseguem trabalhar remotamente – independentemente de onde estão. Nesses casos, pensar na contribuição para previdência social é uma boa ideia.
Afinal de contas, por não terem carteira de assinada e contrato desse formato com as empresas, eles acabam se vendo na situação de montar a própria aposentadoria. E isso não será problema se tudo for feito de forma planejada.
Por outro lado, pensar em contribuir com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que faz o pagamento da previdência social, pode ser uma alternativa. Lembrando que também há outras, como a previdência privada.
O que sabe antes de começar a contribuir
No entanto, antes de começar a pagar a contribuição para previdência social, considere que você deve se perguntar e se responder sobre: em quantos anos vou parar de trabalhar ou trabalhar menos? Qual a renda mensal que quero ter no futuro? Quanto posso pagar por mês?
Isso tem tudo a ver com o planejamento para aposentadoria. E deve ser somado ainda a questões sobre os riscos do seu tipo de trabalho – quanto menos seguro for, saiba que mais importante a contribuição para a previdência.
Também é importantíssimo você separar as contas da pessoa física com as da empresa. No caso do pagamento da aposentadoria, isso deve ir para os gastos da empresa.
Por fim, saiba que o autônomo deveria analisar o seu próprio perfil de risco para escolher um produto para a aposentadoria. Mas, hoje, vamos falar apenas da previdência social e citar um pouco da previdência social – mesmo que tenhamos várias opções no mercado.
Como fazer a contribuição para previdência social
Agora que você já sabe uma boa parte da importância de contribuir para a previdência para ter uma aposentadoria após anos de trabalho, vamos a um passo a passo de como fazer esse pagamento mensal. Tudo está em tópico para que fique simples de ser entendido.
A inscrição no PIS
A primeira coisa é fazer a inscrição no PIS (Programa de Integração Social). Aliás, se o autônomo já trabalhou com carteira assinada, ele tem esse número. Mas, se não tiver deve entrar no site da Previdência e fazer a inscrição online ou ir até uma unidade do INSS.
O tipo de plano
O próximo dos passos para fazer a contribuição para previdência social é escolher o tipo de plano previdenciário. Geralmente, você pode optar pelo plano normal com alíquota de 20% sobre o salário e o plano simplificado com alíquota de 11% sobre o salário mínimo.
A Guia da Previdência Social
Após isso, você deve preencher a Guia da Previdência Social (GPS). Esse documento nada mais é do que o carnê do INSS. E apesar de antes ser vendido em papelarias e lotéricas, saiba que hoje ele pode ser preenchido pela internet ou internet banking.
O pagamento da guia
Depois, tem que fazer o pagamento da Guia. E, nesse caso, você precisa entender, ao menos um pouco, sobre os tipos de contribuições para autônomos.
I – No plano normal o autônomo paga 20% do seu rendimento total como contribuição previdenciária. Ela pode incidir sobre qualquer salário acima do mínimo (o limite é 20% sobre R$ 5.839,45 – que é o atual teto previdenciário).
II – No plano simplificado o autônomo paga 11% sobre o salário mínimo. Mas, a regra é que nesse caso não possa ter relação de emprego com pessoa jurídica.
Curiosidade – e os fundos de pensão
Esse ponto é bem legal de ser discutido aqui. E mesmo que você ache que não tenha a ver com a contribuição para previdência social, considere que é uma dúvida muito comum na vida de muita gente.
Então, o fundo de pensão é um tipo de investimento. Ao passo que o dinheiro investido é utilizado pelos administradores para realizar aplicações no mercado financeiro (em ações, no setor imobiliário, na renda fixa e de cunho privado também).
Nessa opção, quando o empregado se aposenta, ele passa a receber o benefício em parcelas mensais. Também pode ser uma opção para você que é autônomo. Ainda assim, os especialistas ainda preferem recomendar a previdência social, que é ligada ao governo.
Como saber qual é melhor contribuição para você
E para terminar, a gente trouxe aqui um tópico para falar sobre a forma mais adequada de contribuição do INSS – respeitando o perfil de empreendedor. Conheça as alternativas.
MEI
Se você é um microempreendedor individual, saiba que já faz automaticamente a contribuição ao INSS, que é baseada no pagamento de um salário mínimo. Como resultado, você tem direito à aposentadoria por idade – além dos benefícios como auxílio doença e auxílio maternidade.
Empresário (ME ou EPP)
No caso do empresário que tem uma empresa ME (Microempresa) ou uma EPP (Empresa de Pequeno Porte), saiba que ele não deve ter outra fonte de renda além do lucro da empresa. E não deve estear ligado à CLT – carteira de trabalho.
Se esse é o seu caso, então, você precisa fazer o recolhimento do seu INSS por meio de um pró-labore. Neste caso, o valor é de 11% da quantia declarada.
CLT e Empresário
Quando a pessoa é CLT (Consolidação das Leis de Trabalho), saiba que tem uma empresa com rendimentos em seu nome. Ao passo que ela só poderá contribuir como empresário caso sua contribuição pela CLT não atinja o teto do INSS.
Autônomo
Se você presta serviços para pessoas ou empresas sem ter um CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), ou seja, por meio da sua pessoa física, também precisa realizar sua contribuição baseada nos recibos que emitiu.
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Nesse caso, você tem 2 opções: 11% sobre o que recebeu pelos serviços prestados para uma aposentadoria por idade ou 20% sobre o que recebeu pelos serviços prestados (desde que não ultrapasse o teto) para aposentadoria por tempo de contribuição.