Saiba como planejar a própria aposentadoria se você trabalha por conta

Uma dúvida muito comum e muito buscada no Google é sobre como planejar a própria aposentadoria se você trabalha por conta própria. Afinal, o nosso país tem muitos milhões de brasileiros que são dono do próprio negócio.

E a verdade que quem é o seu próprio patrão precisa mesmo pensar em tudo – especialmente lá na frente, na aposentadoria. E mesmo que isso não seja uma tarefa tão fácil assim, o estudo é importante de ser feito desde cedo.

Como resultado disso, saiba que é fundamental escolher um tipo de previdência particular (que pode ser agregada ou não à previdência social). Afinal, qual é a mais indicada para você? O problema é que muitos autônomos não sabem nem mesmo quais as opções que existem.

Criando a própria aposentadoria

A verdade é que quando começamos a trabalhar, independente do formato, a gente se vê obrigado a escolher um tipo de pagamento previdenciário. Com carteira assinada, isso é bem mais simples do que no caso de autônomos e prestadores de serviços.

Dessa forma, os profissionais autônomos sempre acabam deixando essa escolha sobre o recolhimento que será feito ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em segundo plano. Por isso, é bem raro quando se planejam a aposentadoria.

O que eles não notam é que esse é um erro que trará grandes prejuízos no futuro. Mas, então, como planejar a própria aposentadoria se você trabalha por conta própria? A resposta pode ser bem mais simples do que você imagina.

As despesas com a previdência

A recomendação dos especialistas mais comum é sobre incluir o pagamento da aposentadoria como uma despesa previdenciária nos gastos da empresa. Sendo assim, ele tem a liberdade de escolher entre uma previdência privada ou o pagamento ao INSS.

E isso deve ser considerado desde o início das atividades profissionais justamente porque assim ficará mais fácil escolher entre os valores e planos que existem. Até mesmo porque a partir dos 40 anos pode ser que o trabalhador tenha que reajustar esse plano.

Carlos Tejeda é da Zurich, especializada no assunto. Ele diz que independentemente da forma de remuneração, esses trabalhadores devem calcular e analisar qual é a capacidade mensal que podem pagar para esse objetivo.

“Parte da remuneração precisa de direcionamento para acumulação de recursos e uma das opções é a acumulação por meio de planos de previdência complementar – que hoje em dia é dividida entre PGBL ou VGBL”, indica.

Os tipos dos planos

Um próximo ponto para responder à pergunta sobre como planejar a própria aposentadoria se você trabalha por conta é você considerar os tipos de planos previdenciários que existem. Afinal, já falamos que pode ser, por exemplo, uma previdência ou o INSS, né.

No caso da Previdência Social, saiba que hoje em dia ela tem a garantia do pagamento em caso de acidente, invalidez, doença, morte, além de assegurar uma “velhice segura”. Mas, todos os planos possuem benefícios.

Ailás, saiba que existem vários planos de previdência. Para você entender isso, vamos falar do que é mais comum hoje em dia: o Regime Geral da Previdência Social, o INSS. No entanto, você também pode optar pela previdência privada, que é atrelada aos bancos.

Thiago Luchin é advogado nessa área e conta que é recomendado que esse empreendedor estude o valor do recolhimento, por quanto tempo deverá contribuir e quando conseguirá se aposentar.

“Ainda no planejamento é possível determinar inclusive o valor que começará a receber como aposentadoria”, exemplifica o advogado.

Qual é o melhor plano para você?

De modo geral, os especialistas consultados durante a produção desse conteúdo dizem que escolher um plano ligado ao governo – e não ao banco – pode ser a melhor opção para o trabalhador autônomo.

Só que isso vai depender da realidade de cada trabalhador, eles dizem. “Na maioria das vezes, existem muitas taxas que acabam suprindo uma quantidade de valor no montante investido”.

“A partir do plano escolhido, em algumas instituições, a retirada prematura do investimento pode acarretar desconto de valores a título de multa ou a incidência de um percentual maior de imposto de renda – e isso pode ser um problema”, indica.

Os cuidados com as previdências

Também é importante que se tenha alguns cuidados com todas as previdências. O principal deles é para conferir o extrato mensal e anual dos pagamentos, dos juros e de quanto você tem acumulado ou se há parcelas em atraso. Vamos explicar cada caso.

Por exemplo, no caso da Previdência Social, o empresário tem que monitorar as contribuições através do sistema do INSS, Extrato Previdenciário CNIS, que é obtido no portal.

Agora, para saber o momento exato de se aposentar, ele deve elaborar um planejamento de aposentadoria – o que deve corresponder ao que ele espera para essa fase da vida, como o quanto quer receber de aposentadoria do INSS.

Já na previdência privada, saiba que ela é um produto bancário. Portanto, isso permite simular o quanto deverá pagar para ter determinado retorno. Então, você pode descobrir quanto tem que pagar mensalmente e quanto vai receber no final do prazo.

Aposentadoria só com planejamento

A próxima das dicas que temos é sobre a importância do planejamento para a aposentadoria. Isso porque independente do plano escolhido, saiba que ele terá alguns limitadores de cálculo. O ideal é você ter a certeza de quanto vão receber quando chegar a hora de se aposentar.

“Além do mais, a relação do quanto se gasta com o INSS pelo retorno que terá é bem mais vantajosa do que uma previdência privada de um banco que limitará o benefício”, afirma Luchin.

Para o empresário que ainda não viu vantagens para fazer esse planejamento, o advogado diz que: “Não desista de uma aposentadoria por conta do tempo que falta, o tempo vai passar de qualquer forma”.